

Territórios imaginários
Projeto em trans linguagens que surge em 2019 a partir de uma série de pinturas. Nessa série, a artista desenvolve um processo lento de composição, buscando equilibrar sólidos geométricos de cores intensas, ao final sobrepostos pela representação de uma planta conhecida popularmente por suas propriedades medicinais ou uma PANC (planta alimentícia não convencional). A motivação desses trabalhos é, através da estrutura das formas geométricas, que sugerem espaços tridimensionais imaginários, criar um espaço simbólico de acolhimento, cura e respeito às subjetividades sensíveis às forças e formas da natureza. A criação de espaços de resistência através do afeto e dos saberes naturais e ancestrais. A valorização de um registro de existência além da racionalidade estéril de um sistema antropo-falo-logocêntrico. Essa série se desdobrou em outros experimentos de espaços de respiro diferenciados da vida cotidiana regida pela lógica da produção, como o mini documentário e instalação homônimos.













O mini documentário Territórios Imaginários é o registro do processo de produção de uma tela constituinte da série, atravessado pela fala da produtora agroecologista Franciele Bellé. Franciele é representante de umas das famílias mais tradicionais participantes da FAE (Feira dos Agricultores Ecologistas) de Porto Alegre. Sua família é referência no cultivo e difusão do conhecimento acerca das PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). A entrevista acontece durante a feira agroecológica, tendo como plano de fundo os sons e interações convergentes neste ambiente vivo. A fala de Franciele, com sua sensibilidade e profundidade de seu conhecimento enriquecem e potencializam este experimento transdisciplinar.
Este projeto foi realizado entre agosto e setembro de 2020, com o financiamento do FAC DIGITAL RS - EDITAL Nº 01/2020 - UNIVERSIDADE FEEVALE / SEDAC RS
Um projeto de Luísa Prestes desenvolvido em contexto de isolamento social em função das medidas de contenção da pandemia de COVID 19.